O Quarto do Menino

"No meu quarto que eu lia, escrevia, desenhava, pintava, imaginava mil projetos, criava outros mil objetos... Por isso, recebi o apelido de 'Menino do Quarto', título que adotei como pseudônimo e hoje, compartilho neste 'Quarto Virtual do Menino', o que normalmente ainda é gerado em meu próprio quarto". Bem, esse início já é passado; o 'menino' se casou (set/2008); há agora dois quartos, o do casal e o da bagunça... Assim, diretamente do quarto da bagunça, entrem e fiquem a vontade! Sobre a imagem de fundo: A primeira é uma reprodução do quadro "O Quarto" de Vicent Van Gogh; a segunda, é uma releitura que encontrei no site http://www.computerarts.com.br/index.php?cat_id=369. Esta longe de ser o MEU quarto da bagunça, mas em 2007, há um post em que cito o quadro de Van Gogh. Como disse, nada mais propício!!!... Passaram-se mais alguns anos, e o quarto da bagunça, já não é mais da bagunça... é o Quarto do Lorenzo, nosso primogênito, que nasceu em dezembro de 2010!

domingo, agosto 20, 2006

Nárnia em São Paulo


Foi assim que tudo aconteceu...

Sou uma pessoa que adora ouvir histórias: datas passadas, situações ocorridas, pessoas envolvidas e os lugares-palcos de todo o desenrolar narrativo... Tentarei não divagar e florear este pequeno relato, pois só pela primeira oração eu queria escrever sobre a minha avozinha que gostava de contar histórias – verídicas, de seus familiares e eu adorava ouvir. Quem sabe em outra ocasião escreverei mais a respeito da “vó Linda”!

Preciso situar meus leitores com algumas informações prévias para, enfim, explicar como passei a ser um cidadão de Nárnia.

Para quem não conhece – como eu não conhecia, “As Crônicas de Nárnia” é de autoria de C. S. Lewis. Ainda que eu tenha lido ou ouvido este nome e trechos de algumas obras em outros contextos, ouvir o nome de C. S. Lewis levava-me a associar ao nome da Charlene Lemos, grande amiga, bibliotecária, fãzérrima de C. S. Lewis; a mesma associação, logo após o nome da Charlene, vem o nome da Débora Correia, grande amiga também, pedagoga, que é fã de C. S. Lewis – se por influência da Charlene ou se o era antes, preciso perguntar. Tão logo estas palavras sejam lidas, essas minhas leitoras e incentivadoras me esclarecerão.

Por influência da Charlene e Débora então, eu sou, não digo fãzérrimo, mas um curioso e interessado nas obras de C. S. Lewis. Comecei a ler “Cartas do Inferno”, mas só comecei!

“Crônicas de Nárnia” ganhou notoriedade na mídia por causa da adaptação de uma das partes do livro para o cinema, “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”. Era uma tarde quando fui ao cinema ver o filme. Foi mágico, encantador: as imagens são marcantes, o enredo, as personagens...

Quase comprei o livro “As crônicas de Nárnia” pela internet, mas não deu certo. A Charlene e a Débora têm. Em São Paulo tive a oportunidade de iniciar a leitura no livro da Débora. Entre os horários de passeio turístico por São Paulo e muitos outros afazeres e atividades, lá estava eu com o grande volume aberto; é como se ao abrir o livro irradiasse uma luz que envolvia todo meu imaginário. Como uma iniciação; ao ler, é como passasse a fazer parte de toda aquele enredo. Li toda a primeira parte do livro em São Paulo, afinal o livro não era meu e aqui em Marília, não conheço ninguém que o possua.

Estação da Luz, Mercado Municipal (o sanduíche de mortadela com pão, nesta ordem mesmo), Rua 25 de março, Torre do Prédio do Banespa, Praça e Catedral da Sé, Rua Conde de Sarzedas, Museu da Língua Portuguesa, Shopping Tatuapé, Estações de Metrô, de Trem, ônibus, lotações, Igreja Batista da Penha. A Maior parte eu li sobre a cama ou sentado no sofá da sala, mas no último dia eu o levei no passeio. Primeira parada: consultório odontológico, a amiga Débora foi colocar o aparelho. Na sala de espera, eu estava em outro plano, bem distante, uma viagem indescritível.

No trem com destino ao Terminal Barra Funda para comprar minha passagem de volta para casa, enquanto a amiga Débora lia a revista Isto É (uma matéria marcante que também li, sobre psicopatas/sociopatas), eu continuava a viajar pelos mundos fantásticos e mirabolantes criados por C. S. Lewis. É fascinante a descrição da criação de Nárnia, de uma poesia e delicadeza profundas.

Nesta primeira parte do livro descobri, por exemplo, como foi criado o guarda-roupa que dá título ao filme baseado na 3ª parte.

Era sábado, 22/07, o dia seguinte, dia do regresso. Adeus amigos, adeus São Paulo, adeus Nárnia! Não estou agüentando de curiosidade. Não vejo a hora de escrever: “Nárnia em Marília”!

Até lá, espero que seja em breve!

Nota: Se não conheciam “Crônicas de Nárnia – o livro”, ou ainda, C. S. Lewis, como eu não conhecia, leiam! E como eu os associo à Charlene e Débora, vocês o associarão a este pequeno relato.

André Coneglian
13/08/2006.

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