Não sei se a palavra existe na lista de vocábulos da língua portuguesa, mas é uma extensão da palavra crucial; utilizarei a palavra do título para fazer referência a toda situação na qual vivemos atualmente, no 5º ano do século 21, particularmente a crucialidade da minha vida.
As palavras são, em última instância, nossos únicos e verdadeiros bens, principalmente as palavras escritas, registradas para a posteridade, diferentemente das faladas que se perdem com o vento. Mas elas também são tentativas de ordenamento do eu interior de cada um, e mesmo quando usadas para expressar algo do mundo exterior, necessariamente passam pela individualidade, pela idiossincrasia daquele que escreve – ou fala. E como aprendi recentemente, nossos discursos, todos eles, são tentativas de imposição, mesmo aqueles que, pretensamente dizem-se neutros ou ainda, uma visão particular, que não precisa, nem deve ser generalizada ou aceita por todos.
Este meu discurso atual é particular, não precisam concordar, as idéias nele contidas não desaparecerão simplesmente por discordância. (Será que impus sutilmente o meu atual discurso?).
Pois bem, concordam todos que, superadas perguntas como “de onde vim?”, “para onde vou?”, estarmos vivos é FATO?! Friamente analisando, somos duas datas: a que nos inaugurou a chegada na Terra e a que demarca nosso fim terrestre. O que preenche o intervalo entre uma data e outra, podemos chamar de distrações, hobbies, ou dar nomes mais sérios como ocupações, orientadas por um projeto de vida, etecetera e tal.
Dê-se o nome que quiser, se não existissem tais distrações ou ocupações, não faria sentido nenhum existir, estar, morar, viver no planeta Terra.
Mas a existência humana não é mero acaso, não é resultado de uma explosão e processo de uma evolução das espécies; existe um criador, existe um manual. Aceitem ou não! Mesmo na condição de criaturas, não somos robôs, manipulados ao bel prazer do criador. Foi pré-estabelecida uma ordem, simples até. Ou é assim ou assado! Ou é isto ou aquilo! É pau ou pedra! Por aqui ou por ali! Entenderam a idéia, não é mesmo?!
As escolhas foram feitas. Não podemos nos esquecer que temos um opositor, que nesta dinâmica toda, também fez suas escolhas e como tudo foi pré-estabelecido (lembram-se?!), o fim deste opositor também. Até lá, ele e seus seguidores têm muito o quê fazer.
Aceite a humanidade ou não, é fato: tal e qual a Bíblia diz, assim aconteceu, acontece e acontecerá! Mesmo que não tenhamos sido nós que, originalmente desobedecemos ao criador, nascemos na ordem pré-estabelecida. É fato! Aceitar o sacrifico salvífico de Jesus para se reconciliar com Deus, e ter a oportunidade de passar a eternidade diante d’Ele. Do contrário, o outro lugar, a outra opção é juntamente com o nosso opositor e seus seguidores, no lago de enxofre, onde haverá choro e ranger de dentes.
Para a humanidade, que se especializou em criar, inventar e propor distrações, muitas de caráter sério e até mesmo de importância para a coletividade, está cada vez mais difícil acreditar nesta obviedade. Tão simples contada assim!
Num vou me esquecer. Entre muitos cultos de ensino da Palavra de Deus que estive presente, o pastor disse: “Israel é o relógio de Deus na face da Terra! Fiquem atentos; tudo o que ocorrer ali, está em consonância com o que já foi escrito na Bíblia!”. É óbvio também, mas para aqueles que querem realmente entender.
A crucialidade do mundo a qual me referi no início deste texto é esta: caminhamos para o fim, The End! Sem pavor, sem sensacionalismo, sem qualquer outra pretensão escrevo isso.
Agora, a crucialidade individual, pessoal é: eu entendo tudo isso que escrevi acima, aceito e acredito que assim foi, é e será. Simplesmente não entendo o PORQUÊ! “Para glorificarmos e adorarmos a Deus!”. Sim, eu já entendi esta parte também, muito bem explicada, por sinal, no livro “Uma Vida com Propósitos”, de Rick Warren.
A questão de estar vivo é tão séria, compreendida nesta ordem pré-estabelecida a qual citei acima que: quem não estiver com Cristo, passará a eternidade toda no lago de enxofre, onde haverá choro e ranger de dentes. Mesmo esforçando-me para estar com Cristo e obedecendo a Bíblia em proclamar a todos quantos puder esta verdade, para estarem a eternidade no céu, não entendendo que uma grande e maciça parte de todos os seres humanos que já existiram e daqueles que estão vivos, não estarão a eternidade com Cristo. Sei que faço toda esta colocação com base na minha mente e conhecimentos limitados e, reconheço que não compete a mim, fazer tais perguntas, muito menos buscar entendimento.
Comparativamente, serão muitos os que ficaram de fora, do lado esquerdo, no acerto final. A corrida daqueles que têm o entendimento da Palavra de Deus é estar no lado direito, receber de Jesus as doces palavras “servo bom e fiel”, encontrar Moisés, Elias, José do Egito, Maria, João, Paulo... e, imaginando um céu totalmente diferente do que apresentado por Dante Alighieri – será que foi ele mesmo? Não sei ao certo, um autor que em sua obra apresentou o que imaginava ser o céu e o inferno. Imaginem o que é mais convidativo, alegre e exuberante, não é mesmo?! Segundo aprendi neste último domingo de culto, seremos surpreendidos constantemente no céu, não será monótono estar lá! Como não haverá choro, nem dor, nem tristeza, não teremos lembrança daqueles que tivemos como familiares e amigos enquanto vivemos na Terra.
Será que os que passarão a eternidade no lago de enxofre terão consciência do que abriram mão?!
A Bíblia diz que Deus é sempiterno, ou seja, não teve início, não terá fim. Ele é o criador de todo o UNIVERSO. Sinceramente digo que Ele não precisava da terra, da humanidade e de todo este enredo para ser MAIS DEUS. Ainda que eu não esteja desmerecendo em nada tudo que Ele criou e planejou, fico me perguntando o que justificaria todos os milhares de almas que existiram naquele período entre as duas datas, apenas se divertindo com aquilo que cada época lhes ofereceram, que negaram qualquer aproximação com o Criador, com o que os profetas disseram, com o que os discípulos, a Bíblia e a Igreja Verdadeira de Cristo ensinaram e proclamaram?!
Senhor, não tive segundas, terceiras ou quartas intenções ao escrever e registrar tais idéias e pensamentos. Eles me consomem atualmente, é a crucialidade na qual me encontro. E sei que não sou digno de qualquer resposta, principalmente pelos constantes desacertos e carnalidade destes últimos meses...
Ilusoriamente, ao escrever, é como se domasse, ainda que por instantes, os leões que procuram me devorar!
André Coneglian
post scriptum (18/03/2021, ou seja, 16 anos depois): muitos questionamentos aqui relatados no texto ficaram guardados por longo período e voltaram com força total. A diferença é que não tenho mais medo deles! Os leões não me assustam mais. Tbm deixei de acreditar em muitas coisas, só porque me ensinaram daquele jeito e tem que ser daquele jeito e ponto final. Não sou obrigado a acreditar... uma mentira contada como verdade, muitas vezes, repetidamente como verdade, "torna-se" verdade, mas não é A Verdade!
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