O Quarto do Menino

"No meu quarto que eu lia, escrevia, desenhava, pintava, imaginava mil projetos, criava outros mil objetos... Por isso, recebi o apelido de 'Menino do Quarto', título que adotei como pseudônimo e hoje, compartilho neste 'Quarto Virtual do Menino', o que normalmente ainda é gerado em meu próprio quarto". Bem, esse início já é passado; o 'menino' se casou (set/2008); há agora dois quartos, o do casal e o da bagunça... Assim, diretamente do quarto da bagunça, entrem e fiquem a vontade! Sobre a imagem de fundo: A primeira é uma reprodução do quadro "O Quarto" de Vicent Van Gogh; a segunda, é uma releitura que encontrei no site http://www.computerarts.com.br/index.php?cat_id=369. Esta longe de ser o MEU quarto da bagunça, mas em 2007, há um post em que cito o quadro de Van Gogh. Como disse, nada mais propício!!!... Passaram-se mais alguns anos, e o quarto da bagunça, já não é mais da bagunça... é o Quarto do Lorenzo, nosso primogênito, que nasceu em dezembro de 2010!

quarta-feira, novembro 03, 2021

SOBRE "LES ÎLES", DE JEAN GRENIER


Duvido que ao ler este pequeno texto de Albert Camus sobre o livro "Les îles", de Jean Grenier, não ficará com imenso desejo de ler o livro tbm.

"É tempo que novos leitores venham a este. Eu gostaria de estar entre eles, gostaria de voltar para aquela noite quando, após ter aberto este pequeno volume na rua, fechei-o após as primeiras linhas que li, apertei-o em meu peito e corri até o meu quarto para devorá-lo enfim sem testemunhas. E invejo, sem amargura, invejo, se ouso dizê-lo, calorosamente, o jovem desconhecido que, hoje, aborda pela primeira vez Les îles..." (p.112), no livro "A inteligência e o cadafalso".

Este último trecho me fez querer ser esse "jovem desconhecido". Acho que o livro não foi traduzido do Francês para o Português.

Também me lembrou muito a menina Clarice Lispector, narrando sua "tortura e glória" com o livro "As reinações de Narizinho":

"Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante".

Este conto também aparece com o título "Felicidade clandestina", além de "Tortura e glória".