Londrina-PR, 07 de novembro de 2023.
Querida
Cecília,
Escrevo esta carta, no dia do seu aniversário de 122 anos, para te dizer que pedi essa atividade para meus alunos do 5º Ano A, do reforço, da Escola Municipal Prof. Carlos Zewe Coimbra. Primeiro, eles escreveram um pequeno texto no caderno deles com sua biografia.
Desde que comecei como professor desta turma,
eles foram informados do meu amor por você e por tudo o que você escreveu; eles
conheceram alguns poemas do maravilhoso “Ou isto ou aquilo” e também outros
poemas de outros livros.
Eu te conheci, conscientemente, aos 19 anos no
ano de 2000, quando comprei o livro “Crônicas de Viagem, vol. 1”, ou seja,
conheci primeiro sua prosa, só depois seus poemas.
Mas a verdade é que eu já tinha um livro seu de
poemas na minha estante, uma antologia feita por sua filha caçula, Maria
Fernanda. O livro era da biblioteca da escola onde estudei o Ensino Médio. Por
algum motivo, o livro não voltou para a biblioteca e fará quase 30 anos que o
livro está comigo.
Em 2007, quando fui pela primeira vez ao Rio de
Janeiro, um dos meus objetivos principais da viagem era ir até o seu endereço,
o último onde morou, Rua Smith de Vasconcelos, nº 30, no bairro de Cosme Velho.
Eu acreditei, de modo pueril, que, ao chegar na
casa, alguém me recepcionaria e que me apresentaria e eu teria a oportunidade de
conhecer o seu lar. Claro que isso não aconteceu. Tirei algumas fotos com uma
câmera digital, fui embora meio triste, meio alegre.
Eu agradeço ao Universo por ter me apresentado
a você e suas obras. Amo tudo, exatamente tudo o que você escreveu, o que já li
e o que ainda não li, mas lerei um dia e tenho certeza que vou amar.
“Arte de ser feliz" e "História de
Bem-te-vi” são as primeiras crônicas que tenho lembrança de ler e gravar em
minha memória (depois de crónicas de viagem). Também gosto muito das crônicas “A
500 metros”, “Fim do mundo” e “Brinquedos incendiados”, mas como já escrevi,
gosto de tudo o que você escreveu.
Os seus poemas italianos me fascinam e “Sugestão"
é um poema que me marcou profundamente – “sede assim qualquer coisa,/ isenta,
serena, fiel/ /não como o resto dos homens”. Também o poema “Reinvenção”, os
versos, “a vida, a vida, a vida,/ mas a vida, só é possível reinventada”.
Porém, você já sabe, amo tudo, tudo, tudo o que você escreveu.
Bem, para não me alongar muito, vou finalizar
por aqui, feliz por poder comemorar seu aniversário de 122 anos hoje e de saber
que você estará comigo todos dias aqui na Terra até o dia que em que eu virar poeira.
Muito obrigado por tudo!
André, seu leitor...
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