O Quarto do Menino

"No meu quarto que eu lia, escrevia, desenhava, pintava, imaginava mil projetos, criava outros mil objetos... Por isso, recebi o apelido de 'Menino do Quarto', título que adotei como pseudônimo e hoje, compartilho neste 'Quarto Virtual do Menino', o que normalmente ainda é gerado em meu próprio quarto". Bem, esse início já é passado; o 'menino' se casou (set/2008); há agora dois quartos, o do casal e o da bagunça... Assim, diretamente do quarto da bagunça, entrem e fiquem a vontade! Sobre a imagem de fundo: A primeira é uma reprodução do quadro "O Quarto" de Vicent Van Gogh; a segunda, é uma releitura que encontrei no site http://www.computerarts.com.br/index.php?cat_id=369. Esta longe de ser o MEU quarto da bagunça, mas em 2007, há um post em que cito o quadro de Van Gogh. Como disse, nada mais propício!!!... Passaram-se mais alguns anos, e o quarto da bagunça, já não é mais da bagunça... é o Quarto do Lorenzo, nosso primogênito, que nasceu em dezembro de 2010!

quinta-feira, abril 16, 2020

Príncipe Maior e Príncipe Menor

A história que vou contar agora é sobre príncipes, peixes e cachorros. Todos os príncipes e princesas merecem ter animaizinhos de estimação. Era uma vez dois príncipes. Ambos moravam na China com seus pais. Não, seus pais não eram rei e rainha da China. Não pode dois príncipes morarem na China e terem pais comuns? Na China, os príncipes eram príncipes sem bichinhos de estimação. Tinham, sim, Príncipe Maior e Príncipe Menor, muitos bichinhos, bichinhos de pelúcia: dez! Dez mil! Cinco mil para cada um.
Papai e mamãe decidiram mudar da China. O novo lar era em outro reino, o reino de um Barão. Barão de Mesquita, mas o barão já não vivia mais ali. Aliás, Barão já tem uma lápide - uma pedra no cemitério -, na qual consta o ano de nascimento - 1826 e o ano de falecimento - 1886. O importante a destacar é que no novo lar os dois príncipes puderam finalmente ter dois bichinhos de estimação.
Príncipe Maior escolheu para si um peixinho e Príncipe Menor, um cachorrinho. Peixinho continuou peixinho. Cachorrinho cresceu, cresceu tanto que transformou-se no "Cão dos Baskerville" [Sherlock Holmes, Conan Doyle], ops, que exagero! Sim, eu sei, sou exagerado mesmo, mas o cãozinho virou um cãozão.

[Li aos 12, morrendo de medo]

 Peixinho

 Príncipe Maior e Peixinho

Príncipe Menor e Cãozinho/Cãozão

Vocês, crianças que estão lendo/ouvindo essa história sabem sobre as questões da vida e da morte? Pois é, peixinho morreu depois de 1 ano e 10 meses de convivência diária. Desde então, peixinho mora nas nuvens, nuvens não são feitas de algodão, mas de infinitas gotas de água, Peixinho deve amar nadar em infinitas gotas d’água. O aquário dele no reino de Barão de Mesquita era retangular 10x20x15 cm.
Cãozão ainda vive, porém - o que seria das histórias sem os “poréns” - porém, seus pais precisaram mudar novamente. Circunstâncias da vida. Príncipe Maior e Príncipe Menor gostaram do novo lar. Será um lar diferente da China e do Reino do Barão.
O novo lar é na verdade, o lar e o novo “ganha-pão” da família. Você, criança, sabe o que significa “ganha-pão”? Deixa eu explicar: “ganha-pão” é o trabalho que garante o dinheiro, dinheiro para comprar o pão, pagar boletos, questões de adulto e também para comprar doces e brinquedos, estas sim questões prediletas dos príncipes e de todas as crianças.
Ah, o novo lar/trabalho é uma Fábrica, uma Fábrica de Ideias. Ali, as ideias nascem e tomam forma. O problema é que na fábrica não cabe o cãozão e ele teve que morar em outro local, junto com outros cães. Cãozão irá estranhar no início, mas será melhor para ele, terá muito mais espaço - sabe como são os grandes, gentes e cães, estabanados, não é mesmo? Lá, Cãozão terá muito mais amigos de patas.
Cãozão, do Príncipe Menor, agora mora numa chácara com mais de cinco vezes dez outros cães.
Para chegar lá, é preciso ir de carro, de preferência, há 32 km de distância da Fábrica de Ideias, pela rodovia, na zona rural de uma cidade circunvizinha. Depois de um condomínio, avista-se uma igrejinha azul; vira-se a direita, na estradinha de terra, passa por uma pequena ponte de madeira sobre um riacho, tem bois e tem vacas. Uma pintura bucólica!
Assim segue a vida, crianças: despedidas, partidas, mortes, o que exige de todos nós, adultos e crianças, reis, rainhas, príncipes, princesas e todos os mortais, novos planos, novos lugares, novos amigos, novos horizontes.


Fim.

[escrita em janeiro de 2020]

p.s: Moramos na Rua China de 2013 a 2016
e na Rua Barão de Mesquita de 2016 a 2019
O endereço da Fábrica de Ideias?
Conto em outro conto

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